Era prefeito municipal o jovem advogado Liberato Salzano Vieira da Cunha e um dos grandes clamores da Cachoeira do Sul de seu tempo era a construção de uma ponte que transpusesse o Jacuí. Imbuído do objetivo de encontrar solução para concretização deste anseio, Liberato Salzano embarcou para a capital federal, então a cidade do Rio de Janeiro, para tentar junto à Presidência da República meios de construir a ponte. No retorno da viagem, cheio de entusiasmo, o prefeito, que também era um dos diretores do Jornal do Povo , mereceu foto na primeira página e a manchete: Será Construida a Ponte Sôbre o Rio Jacuí . Dr. Liberato S. Vieira da Cunha - MMEL Logo abaixo da manchete, a chamada: Melhoria nas Condições de Navegabilidade no Mesmo Rio - Obtidas Verbas de Duzentos Mil Cruzeiros, Respectivamente Para a Construção de Uma Escola de Artes e Oficios Para as Obras da Casa da Criança Desamparada - Início da Construção das Casas Populares - Departamento de Fomento à ...
O grande canteiro de obras que se tornou Cachoeira na década de 1920 necessitou de um aporte financeiro muito além do que os cofres municipais dispunham. Em razão disto e confiada nas boas relações que sempre manteve com o presidente do Estado, Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, a Intendência Municipal tomou empréstimos. Um deles, necessário para integralizar a quantia do montante que as obras precisavam, obrigou a Intendência a assinar uma nota promissória avalizada pelo Estado, junto ao Banco do Brasil, no valor de 300 contos de réis: Governo do Estado Decreto n.º 3.501, de 24 de Julho de 1925 Autorisa o Thesouro do Estado a avalisar uma nota promissoria de 300:000$000, emittida pela Intendencia Municipal de Cachoeira em favor do B...